Bem-vindo as nossas noites Alquímicas!!!
O Alquimia Gothic Nights reúne o melhor da essência gótica e underground, com o objetivo de resgatar as raízes da subcultura, compartilhar informações e divulgar o trabalho de artistas da cena que desenvolvam trabalhos nas mais variadas vertentes culturais e artísticas.
Aqui o melhor do passado e presente tem o seu espaço reservado. Recuperando clássicos e trazendo inovações, reafirmando o nosso compromisso constante de manter acesa a chama e a atualização coerente da cena Gótica regional e nacional. Música, Arte, Cultura e Informação tudo isso você encontra nas noites do Alquimia Gothic Nights....
Sejam bem vindos!! Compartilhem conosco nossas belíssimas noites Alquímicas...
Contato
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VIDEOS
VIDEOS DO PÚBLICO E PERFORMANCES (EM BREVE)
VIDEOS DE DIVULGAÇÃO
Video de divulgação da edição de janeiro de 2014- ALQUIMIA: NOITE & POESIA- "PZA": https://www.youtube.com/watch?v=1mDm8DPGx5Q
Video de divulgação da edição de dezembro de 2013- ALQUIMIA: CIÊNCIA & MAGIA - "PZA" - https://www.youtube.com/watch?v=9nTqxncTItQ
Video de divulgação da edição de julho de 2013- SONHOS - Café Uranus : https://www.youtube.com/watch?v=9VAyBLgN7qo&feature=youtu.be
Entrevista Kaz Tribos: https://www.youtube.com/watch?v=i4cgGodh3hs
Alquimia Gothic Nights na Confraria São Pedro (2012) : https://www.youtube.com/watch?v=quH-8uEweXY
Video de divulgação da edição de junho de 2013- SCARLET LEAVES - MUSAS : https://www.youtube.com/watch?v=s6tlgpAWWig
Video de divulgação da edição de maio de 2013 - World Goth Day: https://www.youtube.com/watch?v=M5boEuVv8Ac
Video de divulgação da edição de abril de 2013 - ELEGIA -Encontro de Literatura Fantástica: https://www.youtube.com/watch?v=iMf4dL5d-yo
Video de divulgação da edição de março de 2013 - PLASTIQUE NOIR : https://www.youtube.com/watch?v=lhvF3Fv63Uk
Video de divulgação da edição de fevereiro de 2013 - Baile de Máscaras Veneziano : https://www.youtube.com/watch?v=9SIw8p0mrq8
Video de divulgação da edição de outubro de 2012- Jardim do Silêncio: https://www.youtube.com/watch?v=dBMLtfDX4dY
GRIMORIUM
Periódico do Alquimia sobre Bruxaria, Paganismo, Magia, Ocultismo e Misticismo.
Aqui você encontra artigos, matérias, entrevistas e muito mais sobre este mundo tão fascinante...
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Texto interessante do meu amigo Marcos Torrigo que nos auxilia conhecer e a desmistificar um pouco da figura de Lúcifer.......
Lúcifer
Fire from heaven
por Marcos Torrigo
Sexto Sentido
Ano 5 - Número 5
Por milênios, uma figura tem suscitado diferentes emoções no imaginário ocidental, em especial nos domínios da cristandade.
Esta figura é Lúcifer, o arqui-demônio, Senhor das hostes infernais, tentador e inimigo mor da humanidade, o mais belo Anjo, precipitado no abismo por sua soberba. O fogo divino, o brilho do Sol, o Logos transubstanciado no fogo infernal, o fogo que redime transformado no fogo da danação eterna.
Mas o quanto disso é real, ainda mais quando estamos abordando o terreno movediço do mito, da religião e, por conseguinte, da demonologia.
O nome Lúcifer é composto pelo prefixo indo-europeu Leuk, que determina um ser luminoso, claro e puro, origem da palavra lux e, consequentemente, de luz e lucidez. O sufixo latino fero, por sua vez, significa trazer, portar.
Lúcifer (Eósforos, Fósforos) dos romanos, filho de Zeus e de Aurora, era o deus que anunciava um novo dia. É conhecido como o portador do Archote, da Luz, o que anuncia a vinda do Sol , a estrela-d'alva. Na astronomia, é o planeta Vênus que se torna visível nos crepúsculos. No nascer, é conhecido como a estrela d'alva e, no poente, como Vésper. Vênus é a deusa do amor em todas as suas formas, aparentada com as mesopotâmicas Ishtar e Inanna.
Lúcifer nunca foi tido por maléfico, muito menos associado com as potências infernais, tanto é assim que havia um bispo em Cagliari chamado Lúcifer, que viveu por volta do ano 300 E.V.* fundador do Luciferianismo.
A atribuição de Lúcifer como Demônio e Anjo caído veio depois, e foi criada pelos "pais da Igreja".
A Igreja adaptou a sua maneira passagens do Antigo Testamento para serem atribuídas à Queda de Lúcifer.
Eles "interpretavam" (hermenêutica) as escrituras do Antigo Testamento pelas do Novo Testamento.
Desta forma, passagens do Novo Testamento, como: "Mas ele lhes disse: Eu vi Satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lc 10: 18), influenciaram o Antigo Testamento: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Tu que destruía as nações!
Tu dizias em seu coração: Subirei ao céu, acima do firmamento das estrelas de Deus, exaltarei meu trono, e no monte da congregação me sentarei nos limites do norte.
Subirei acima das nuvens mais altas, e serei igual ao Altíssimo.
Em verdade fosse precipitado para o reino dos mortos, no abismo mais profundo.
(Isaías 14: 12 a 15).
Essas passagens de Isaías eram destinadas ao célebre rei babilónico Nabucodonosor, que havia destruído Jerusalém. Helel bem Shahar é a designação hebraica referindo-se, de forma alegórica, à "Queda da Estrela Dalva" .
Há outras passagens interessantes, como uma endereçada ao rei de Tiro. Por mais que ela tenha alvo definido (o rei), ela evoca talvez uma lenda anterior, unindo o destino do monarca ao de um Querubim expulso das hostes celestes.
Tu eras Querubim da guarda ungido, te estabeleci, ficaste no monte santo de Deus, entre as pedras brilhantes caminhava.
Tu eras perfeito em teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se encontrou iniqüidade em ti.
Multiplicando vosso comércio encheu seu âmago de violência, e pecaste; por causa disso te deitarei profanado fora da montanha de Deus, te farei perecer, ó Querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.
Elevaste teu coração por causa da tua beleza, conspurcaste vossa sabedoria por causa de teu resplendor. (Ez 28:14-17)
Mas qual teria sido o motivo da Patrística ter escolhido Lúcifer, e não qualquer outro? Existem alguns pontos Mágickos e Ocultos que devem ser abordados. Especialmente a relação entre Vênus e Lúcifer, e conseqüentemente com o demoníaco.
Há um fato peculiar, a criação dos demônios, (Qliphoth, conchas, força desequilibrada), de acordo com o Judaísmo, deu-se na sexta-feira da criação (os sete dias em que, de acordo com a Torah, Deus criou o mundo), momentos antes do sagrado Shabat.
Neste mesmo dia, foi criada a raça humana, e se deu a sua Queda . Ou seja, na mesma sexta-feira, Adão foi criado e cedeu a concupiscência. No calendário judaico, Adão pecou no primeiro dia de Tishrei (Rosh Hashaná, primeiro e segundo dia de Tishrei), e é justamente neste dia, todos os anos, que os homens são julgados por seus atos.
O mês de Tishrei corresponde à tribo de Dan, esta por sua vez ao signo de Libra, que é regido por Vênus. Sem falar que, tradicionalmente, a sexta-feira é o dia consagrado à Vênus (dia de Vênus, Hemera Aphrodites grego, Vendredi, francês e Venerdi em italiano).
Dando asas à imaginação, notaremos que o pecado original estava envolto em correlações venusianas. A maçã é dada ao homem por sua companheira, o resultado da Queda é a descoberta da sexualidade, a sedução da serpente, dentre outros.
Outro elemento de ligação entre Vênus e o demoníaco é a Queda dos Anjos. Eles caíram justamente por acharem belas as mulheres humanas e serem atraídos por elas. Os Anjos as possuíram e desta união nasceu uma raça de gigantes, fortes e poderosos, os Nephilins (ver Gênesis 6:1 a 4). A palavra deriva de Naphal, descer, sendo que podemos entender Nephilins como os que desceram ou caíram.
Na Bíblia, são citados os Filhos de Deus (os Anjos), em hebraico Beni Elohim (possivelmente a melhor tradução fosse filhos dos deuses).
Os Beni Elohins são correspondentes a Sephira Hod (que tem como planeta Mercúrio, o tradicional mensageiro dos deuses) na Cabala, o complemento de Netzach, que é Vênus e os próprios Elohins.
Inferimos que os caídos são Arcanjos, que são a Hoste de Hod, e não só por isso, pois no Livro de Enoch** é mencionado que Miguel, Uriel, Rafael e Gabriel (Arcanjos) observaram do céu os efeitos dos caídos.
O Livro de Enoch é um apócrifo e uma pseudoepigrafia, e narra, dentre outras coisas, a Queda dos Anjos chefiados por Semjâzâ (um proto-Lúcifer?).
Os Anjos Caídos ensinaram inúmeras artes a humanidade, Azazel como trabalhar os metais, e Semjâzâ, a Magia. Os outros ensinaram astrologia, astronomia e signos.
Azazel continuou seu magistério ensinando aos humanos os segredos sagrados que estavam guardados no Paraíso.
O titã Cronos castra seu pai Urano e joga seus genitais no mar. Do sangue misturado a espuma do mar nasce Afrodite (Vênus). Logo em seguida ela foi saudada pelas criaturas do mar, nereidas, tritões. A deusa surge de dentro de uma concha.
Teve como irmãs as infernais Erínias (Fúrias), criadas pelas gotas do sangue de Urano caídas na terra. As Erínias eram seres que até Zeus respeitava os desígnios.
São representadas como mulheres aladas, porém serpentes.
Retomando a Igreja, notaremos que estes pontos expostos podem ter motivado a "escolha" de Lúcifer.
Que os cristãos sabiam das implicações de Vênus, é evidente pelo título conferido a Lúcifer, príncipe da luxúria espiritual. Cada Sephiroth da Árvore da Vida cabalística tem um "vício" e o de Netzach (Vênus), por sua vez, é a Luxúria.
De acordo com o Concílio de Latrão, os poderes do demônio são iguais aos dos outros anjos, possivelmente devido a sua origem comum. Igualmente para a Igreja, diabos e demônios são a mesma coisa.
O conceito de Mal se modificou com o passar do tempo. Notamos que no mundo antigo o que prevalecia era o monismo.
Deus ou os deuses eram responsáveis tanto pelo bem como pelo mal, sendo a fonte de tudo. O Universo era percebido como uno e não dividido entre um deus do bem e um deus do mal, ou entre Deus e o diabo.
Podemos tomar por base o próprio Iavé do Antigo Testamento, que em suas próprias palavras dizia: "Eu sou o Senhor e não há outro, alem de mim não existe Deus"; "Eu sou o Senhor e não há outro, Eu formo a luz e crio as trevas, Eu faço o bem e crio o mal, Eu, o Senhor, faço todas estas coisas" (Isaías 45:5-7).
Quando eu afiar a minha espada reluzente, e tomar em mãos o juízo, tomarei vingança contra meus inimigos e darei o merecido castigo aos que me odeiam.
Encharcarei as minhas setas de sangue, e minha espada se fartará de carne, do sangue dos mortos e dos cativos, das cabeças dos chefes inimigos. (Dt 32: 41,42).
Suas crianças serão esmagadas em frente a eles, suas casas saqueadas, e suas mulheres estupradas. (Isaías 13:16)
Em um dia em que os filhos de Deus apresentaram-se diante do Senhor, Satanás veio com eles.
O Senhor perguntou a Satanás: "Por onde andastes?". Satanás respondeu: "De passear pela terra". O Senhor continuou: "Viste meu servo Jó? Não há na terra ninguém semelhante a ele, integro, correto e temente a Deus, e não trilha o caminho do Mal".
Então Satanás falou: "Por que Jó teme a Deus? Por acaso não o protegeu de todas as formas, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e multiplicaram seus bens na Terra.
Estende tua mão e toca-lhe em tudo que é dele, e verás que blasfemará contra Ti".
Disse o Senhor a Satanás: "Tudo que é dele está em seu poder, mas contra ele não faça nada, e Satanás sai para cumprir a sua missão. (Jó 1: 6-12).
Reforcei os aspectos "negativos" de Jeová demonstrando o lado sombrio do Deus de judeus, cristãos e muçulmano.
O monismo tem uma vantagem óbvia, não há o mal absoluto. Desta forma, tanto os princípios que compõem o Cosmos quanto os que compõem o indivíduo podem ser harmonizados e integrados, sem maiores prejuízos. Justamente o contrário do que aconteceu no seio do Cristianismo, por exemplo, com inquisições, "guerras santas" e outros. O mal é vivenciado no outro, e assim, pode ser erradicado (assim como outro pode ser morto).
A primeira religião a quebrar a harmonia do monismo foi o Zoroastrismo, criado no Irã por volta de 600 a.C . Nele há início o dualismo; o Universo está fragmentado em duas partes, uma "boa" e outra "má", um deus da luz e um deus das sombras. Este pensamento influenciou os judeus e os gregos e, conseqüentemente, os cristãos.
No Cristianismo, o mal é atribuído e projetado ao Diabo, enquanto Deus só faz coisas boas.
Assim, o diabo ganha autonomia e poder perante Deus, remetendo-nos novamente a uma forma de pensar que lembra o dualismo iraniano.
Por mais que o diabo seja inferior a Deus, ele pode corromper a criação e torna-se o senhor do mundo. Partindo do pressuposto de que a matéria é essencialmente má, assim como as "necessidades da carne", o campo de batalha é a alma humana, afinal de contas, a corrupção principia mesmo no Antigo Testamento, com o ato de insubordinação de comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, o que poderia, de acordo com as palavras da serpente confirmadas por Deus, transformá-los em deuses. (Genesis 3: 22) Então disse o Senhor Deus: "Eis que o homem se tornou igual a um de nos, conhecedor do bem e do mal; assim sendo, para evitar que tome da Árvore da Vida e coma o seu fruto e viva eternamente". O Senhor Deus o lançou fora do Jardim do Éden...
Deus é onisciente, onipresente e onipotente, desta forma, o diabo age por que Deus permite. Se Deus fosse humano, poderia-se acusá-lo legalmente de cumplicidade em todos os "delitos" do maléfico.
A desculpa descoberta pelos cristãos é a seguinte: Deus criou o diabo, mas ele, em origem, não era Mal, o diabo escolheu ser mal.
Isso tecnicamente isentaria Deus do problema de ter criado o Mal ao criar o diabo. Só que esta história tem problemas óbvios, se Deus é onisciente, ele saberia o que estava por vir e mesmo assim não fez nada.
Tratando o assunto de uma forma mais leve, é de se imaginar que um filho traga a genética do Pai, então, mesmo o diabo tendo se tornado " Mal" depois, este predicado já estaria em latência nele.
Dionísio, um monge sírio do século VI, foi o primeiro a detalhar as hierarquias dos Anjos. São divididos em três tríades, sendo elas (em grau de grandeza) Serafins, Querubins e Tronos, a intermediária Dominações, Virtudes e Potestades e a última composta de Principados, Arcanjos e Anjos.
Desta forma, nos séculos subseqüentes, quando Lúcifer foi precipitado dos céus, ele, sendo o mais importante entre os Anjos, naturalmente foi associado aos Serafins (há referências a Lúcifer também como um Querubim).
Miguel Psellos (século XI), de Constantinopla, criou uma "hierarquia demoníaca", de influência neoplatônica; a distribuição das hostes dos caídos se espelha no Paganismo (DAIMONS). Então, teremos os demônios sendo distribuídos pelos elementos (inclusive o Éter).
Encontraremos ecos do mito de Lúcifer em Iblis, o diabo muçulmano. Iblis recusou a se curvar perante o homem e isto acarretou a sua Queda. Tudo leva a crer que Iblis fosse um Anjo, já que sua história está ligada à ordem dada por Allah para que os Anjos se curvassem perante Adão (ou se preferirmos a raça humana). Todavia, há citações do Alcorão que o nomenclaturam de Djinn, um ser aparentado aos Daimons gregos, ou seja, tanto bom como mau.
Os Djinn foram criados do fogo enquanto os Anjos, da luz. Curiosamente, as palavras fogo e luz são em etimologia aparentadas — Nur, luz e Nar, fogo.
O problema do mal no Islã é até mais veemente que no Cristianismo devido ao seu monoteísmo total, desta forma, Allah é a fonte do mal. Há todo um debate semântico do porquê da existência do mal e por corolário do diabo, Iblis, não se chegando a um bom termo da questão.
Outra questão veemente é que no Islã somente Allah é passível de adoração, então, ao negar a curvar-se perante o homem, Iblis foi o único que agiu corretamente?
Transformar deuses e deusas em demônios foi prática corrente do Cristianismo. Com um único golpe, eles reforçavam a sua fé e destruíam os ícones do Paganismo. Por outro lado, a própria Igreja contribuía para "gerar" as manifestações do demônio. Afinal de contas, os sete pecados capitais são os maiores criadores de diabolismo. Buda, séculos antes, compreendeu que se a corda estiver muito esticada arrebenta, se estiver frouxa não toca: o famoso caminho do meio.
Justamente as privações criavam sonhos luxuriosos e recheados de glutonaria, sem esquecer, é claro, o fenômeno da histeria.
A imagem do diabo clássico foi tomada de empréstimo de deuses como Pã e Cernnunos. E não só isso, o culto aos antigos deuses foi tido pela Igreja como, em verdade, um culto diabólico. Os deuses eram para a Igreja demônios a serviço do senhor das trevas.
A medida que ocorria a conversão dos povos ao Cristianismo, os atributos positivos dos deuses foram incorporados ao Deus cristão e os negativos, ao Diabo.
As capacidades xamânicas, como se converter em animais, viajar pelos mundos, foram atribuídas ao diabo e aos que pactuavam (ou malditos como ele) com ele, licantropos, bruxas e vampiros.
Curiosamente, o inexplicável, o misterioso, os grandes desastres naturais são do Malefício. O diabo toma as funções dos Titãs, Gigantes do gelo, deuses ctônicos e primordiais.
O diabo e o mal dinamizam o Cosmos. Na lenda da Queda, Eva e Adão viveriam eternamente em um estado de graça. Por mais que este estado fosse "perfeito", era imutável. A alma humana era como uma donzela em uma torre de cristal. Foi justamente o mal que rompeu este estado de coisas e impulsionou a humanidade à existência objetiva e, conseqüentemente, à evolução.
A teoria da relatividade levou Einstein a imaginar que o Universo estaria entrando em colapso ou expandindo-se. A expansão do Universo é um fato (ao menos as teorias atuais assim entendem) devido ao Big Bang, a explosão que deu origem ao Cosmos e "promoveu" a expansão. Logo após o Universo ter origem por um infinitamente minúsculo tempo, o Universo foi simétrico e, conseqüentemente, perfeito; em seguida houve uma ruptura e, em conseqüência, a assimetria. Caso esta quebra não ocorresse, as inimagináveis combinações que se seguiram não teriam ocorrido.
Para algumas vertentes do Catarismo, Jesus era irmão de Lúcifer. Vale lembrar que Jesus se autodenomina "a brilhante estrela da manha" (Apocalipse 22:16).
Esta passagem é encontrada mesmo na Vulgata, criando, no mínimo, estranheza. Se lembrarmos o significando da palavra Lúcifer e os seus atributos em muitos aspectos, eles se casam com os de Jesus.
Jesus é o verbo encarnado, ou seja, a manifestação do Logos e o Logos é a inteligência cósmica (Deus). Jesus é o portador desta Luz. Sua correspondência pela patrística no ser humano é a inteligência.
Creio não ser necessário traçar os paralelos entre o escrito acima e Lúcifer. Sem falar que Jesus é conhecido por trazer uma lei de amor (Vênus), trocando os 10 mandamentos por "Ame teu Deus sobre todas as coisas e teu próximo como a ti mesmo".
A era cristã é correspondente à Era de Peixes, signo regido por Netuno que, na astrologia esotérica, é a oitava superior de Vênus.
Os cristãos primitivos acreditavam que o diabo queria ser Jesus, o elo entre o homem e Deus. Desta forma, tanto Jesus quanto o diabo foram empurrados para perto do conceito de demiurgo.
Demiurgo (Demiurgós em grego) é uma espécie de administrador da criação de Deus. Para Platão, era o artífice da criação, que, apesar de não ter criado o Cosmos, o ordena. Em verdade, mantendo e repetindo padrões.
Para os gnósticos, o termo ganha um caráter mais Maléfico, sendo o "demiurgo" o responsável pelo aprisionamento do homem (da alma na matéria).
Esta visão gnóstica é importante tratando-se da mitologia cristã, que nasce e se desenvolve em um ambiente grandemente influenciado pelo pensamento gnóstico.
A demonologia cristã herdou vários elementos dos gregos e judeus, estes, por sua vez, dos mesopotâmicos (em especial dos sumerianos via cananaeus). Então, nada melhor que nos voltarmos às origens.
Os acadianos, assírios e babilónicos tinham um sistema complexo de Magia, demonologia e angelologia.
Assurbanipal, o célebre rei Assírio, responsável pela biblioteca de Nínive, teve uma especial preocupação com textos de Magia. O rei instruiu seus escribas para que reproduzissem em inúmeras cópias um livro com a parte velada da religião mesopotâmica (Magia). Este tratado versa, dentre outras coisas, sobre uma grande diversidade de seres.
Muitos deles serviriam de inspiração para os futuros Anjos, demônios, íncubos, súcubos, Lilith e outros das religiões atuais.
Este livro era uma cópia remanescente de Uruk, na Caldeia, onde houve um profundo estudo das Artes Mágickas.
O tomo era composto de três partes, sendo que uma delas é dedicada inteiramente aos espíritos malignos. Vale lembrar que estamos falando das "tabuinhas cuneiformes", ou seja, de placas de barro em que eram escritos os textos.
Na visão de Ezequiel, é facil observamos elementos assírios. Ele vê os Cherub, dos quais vem o termo Querubim. A palavra é assíria, kirubu, do karâbu, significando estar perto, os seres que estavam mais perto do Divino.
Cherub tem origem da palavra egípcia Xefer. Na arte de ambos (mesopotâmicos e egípcios), há seres alados e com rostos humanos. Usualmente, o Cherub também era usado como montaria do deus, o que culminou na visão da Merkavah por Ezequiel.
Sukallin é o mensageiro (Anjo) babilônico. Encontraremos ecos da divisão entre os "celestes" Igigi e os subterrâneos Annunaki. Os Sukallin, "os filhos dos deuses" (importante notar esta designação e nos lembrarmos dos Beni Elohns), são o modelo do qual saíram os anjos judeus, cristãos e muçulmanos.
Alguns "demônios" tiveram sua origem nas mesmas fontes. Asmodeus pode ser a derivação de um ser relatado no Avesta, Aeshmo Daeva. Belzebu, Ba'al Zebul, o senhor da montanha ou da morada elevada; Beel é a forma aramaica de Baal .
Outra curiosidade, no mínimo intrigante, é a semelhança entre Shell, concha em inglês, e Sheol, o inferno hebreu, ainda mais quando Sheol determina algo oco, interno. Sem falar, como já vimos, que demônio em hebraico é Qliphoth, que significa concha.
Não falarei da empresa Shell e do fato dela vender combustíveis e derivados de petróleo. Que nada mais são do que restos daquilo que um dia foi vivo, retirados das profundezas da terra.
A palavra Sheol era usada para determinar o local dos mortos. Muitas vezes, os fantasmas dos vivos são chamados Qliphoth também, uma referência a um cadáver astral.
Das figuras que nos remetem a Lúcifer, Prometeu é uma das mais instigantes. Ele era um titã, um ser tão poderoso quantos os deuses ou até mais. Os Titãs eram gigantes que regeram a Terra antes dos deuses.
Prometeu (percepção avançada) foi o criador da raça humana, feita a partir do barro. Só que os humanos pouco se diferenciavam dos animais. Então, Prometeu profetizou um futuro melhor para a sua criatura. Mas para tal seria necessário que o homem tivesse algo mais, e este algo mais era o intelecto, o dom da inteligência, a lucidez, o fogo dos deuses.
Por analogia, podemos imaginar que o fogo, essência divina, Agni conferiria a capacidade aos humanos de se tornarem deuses.
Prometeu foi até o Olimpo e, do carro de Apolo (o deus sol), ele "roubou" o fogo para humanidade. Como castigo, ele foi condenado por Zeus ao Cáucaso.
O termo Zeus é de origem indo-européia, da antiga palavra para céu, Deiuos. Encontraremos originados nela o Deva sânscrito, Deus latim, sendo associado à claridade e à luz.
Lúcifer é um arquétipo que suscita infinitas especulações, essas norteadas pelos sentimentos mais díspares. Não é à toa que tanto se falou sobre este Anjo caído, e muito há a ser dito.
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KINO
Sugestões de filmes para os apreciadores desta arte.....
ED WOOD
Um retrato exótico da vida de Ed Wood (Johnny Depp). Focando os relatos nos anos 50, quando o diretor se envolveu com um bando de atores desajustados, incluindo um Bela Lugosi (Martin Landau) em fim de carreira. Durante esta época, ele produziu filmes de péssima qualidade, que o fizeram passar para a história como o pior diretor de todos os tempos.
O DIÁRIO DE UM EXORCISTA
(BRASIL - 2014)
Produção Executiva: Renato Siqueira
Direção de Elenco: Renato Siqueira & Ruben Espinoza
Elenco: Renato Siqueira, Ewerton de Castro, Lisa NegrI, Ruben Espinoza
A história de vida de um padre exorcista brasileiro que enfrentou dezenas de casos de possessão demoníaca no País transformou-se em livro pelas mãos de Luciano Milici e Renato Siqueira que pesquisaram o contexto social e político da época do protagonista para apresentar ao leitor um cenário plausível. “A vida do padre e seu envolvimento pessoal com as entidades sobrenaturais desde a infância atravessam o tempo e passam pelas intensas mudanças do cotidiano interiorano dos anos 1950 e 1960”, diz Milici.
O tema exorcismo já havia sido explorado pelo cinema nacional uma vez, quando o cineasta José Mojica Marins dirigiu, em 1974, o longa “Exorcismo Negro”. A diferença, no caso, é que a obra do eterno Zé do Caixão tratava-se de uma ficção e o rito explorado nele é diferente. Já a versão cinematográfica de “Diário de um exorcista”, nome do filme e do livro a serem lançados neste ano, tem base na vida real. Já no caso de livros, não há registro de obras brasileiras editadas sobre o tema, ficção ou não-ficção. Por esta razão, a dupla aposta na aceitação do público nacional consumidor de terror.
O GATO PRETO
(EUA – 1934)
Direção: Edgar G. Ulmer
Com: Boris Karloff, Bela Lugosi, David Manners
E lua-de-mel na Hungria, Joan (Julie Bishop) e Peter Allison (David Manners) dividem uma cabine de trem com o Dr. Vitus Verdegast (Bela Lugosi), um cortês mas sofrido homem, que está retornando para as ruínas da cidade que defendeu antes de se tornar prisioneiro de guerra por 15 anos. Verdegast disse que está ali para visitar Hjalmar Poelzig (Boris Karloff), um velho amigo, mas na verdade é um acerto de contas. Após saírem do trem pegam um ônibus, que durante uma tempestade sofre um acidente. O motorista morre e Joan fica ferida, assim os viajantes buscam abrigo na casa de Poelzig, que por ser engenheiro fez uma casa bem diferente. Mas o que acontece dentro daquelas paredes é muito mais estranho e lá Verdegast vai extravasar sua fobia por gatos, descobrir o destino da sua mulher, sofrer por sua filha Karen (Lucille Lund) e jogar uma partida de xadrez para tentar salvar a vida de Joan.
O MUNDO IMAGIÁRIO DO DR. PARNASSUS
The Imaginarium of Doctor Parnassus
2009 ING/ CAN/ FR
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Charles McKeown
Elenco: Christopher Plummer, Heath Ledger, Johnny Depp, Colin Farrell, Jude Law, Tom Waits, Lily Cole, Andrew Garfield
O filme segue o líder de uma trupe de teatro itinerante que, tendo feito um pacto com o diabo, conduz o público através de um espelho mágico que explora suas imaginações.
A trama conta a história do Dr. Parnassus e do seu Imaginarium, um espetáculo itinerante no qual o público tem a oportunidade irresistível de escolher entre a luz e a alegria ou as sombras e a escuridão. Abençoado com o extraordinário dom de guiar a imaginação dos outros, o Doutor Parnassus é amaldiçoado com um segredo. Jogador inveterado há milhares de anos, ele fez uma aposta com o diabo, o Sr. Nick, para se tornar imortal. Séculos depois, ao conhecer o seu verdadeiro amor, o Dr. Parnassus fez outra aposta com o diabo, na qual ele trocaria a imortalidade pela juventude, desde que, ao atingir 16 anos, a sua filha se tornasse propriedade do Sr. Nick. Valentina está prestes a completar 16 anos e o Dr. Parnassus fica desesperado para protegê-la do seu destino iminente.
A MÁSCARA DA ILUSÃO
2005 USA
Direção: Dave McKean
Roteiro: Dave McKean, Neil Gaiman
Elenco: Andy Hamilton, Dora Bryan, Gina McKee, Jason Barry, Rob Brydon, Robert Llewellyn, Stephanie Leonidas,Stephen Fry
Helena (Stephanie Leônidas) trabalha em um circo e deseja fugir para viver uma vida comum. Ela se encontra em uma estranha jornada rumo a Dark Lands, um lugar fantástico repleto de gigantes, pássaros-macaco e esfinges perigosas.
Helena está à procura da Máscara da Ilusão, um objeto de enorme poder que é a sua única esperança de escapar de Dark Lands, acordar a Rainha da Luz e retornar para casa.
Para os amantes dos trabalhos de Neil Gaiman é uma excelente pedida!!!
FAUSTO – Um Conto Alemão
Faust - Eine Deutsche Volkssage (1926)
Direção |
Baseado na famosa peça de Goethe, temos Fausto, um velho alquimista que vê sua cidade ser assolada pela peste negra. Vendo tanta morte, começa a pensar sobre sua própria finitude. Ele então evoca Mefistofeles, e lhe pede sua juventude de volta e eterna. O demônio a garante, em troca da alma de Fausto. Tudo parecia perfeito, até este se apaixonar por uma jovem italiana. Marco absoluto no cinema alemão, é o último filme de Murnau no país.
A Carruagem Fantasma
(Körkarlen, 1921)
• Direção: Victor Sjöström
• Roteiro: Selma Lagerlöf (romance), Victor Sjöström (roteiro)
Suécia, véspera de Ano Novo. Três bêbados evocam uma lenda que afi
rma que se a última pessoa a morrer no ano for uma grande pecadora, ela irá guiar a carruagem fantasma que recolhe as almas dos mortos.
A Morte Cansada
Der Müde Tod (1921)
• Direção: Fritz Lang • Roteiro: Fritz Lang, Thea von Harbou |
A primeira obra-prima de Fritz Lang, entrando no movimento do Expressionismo Alemão com um filme obscuro e humano.
Num vilarejo europeu do século XIX, a Morte leva um jovem justo quando este estava prestes a se casar. Sua noiva, aos prantos, suplica que devolva a vida do seu amor. A Morte decide dar uma chance à jovem desesperada, prometendo devolver a vida do noivo se ela conseguir evitar a morte de uma das três vidas prestes a perecer. Lang mostra, então, a história das três luzes; na exótica Pérsia, na Veneza Renascentista, e na China Imperial. Três tentativas de esperança. Três conflitos entre o amor e a morte.
O Sétimo Selo
Det Sjunde inseglet, 1957
• Direção: Ingmar Bergman • Roteiro: Ingmar Bergman |
Antonius Block retorna das cruzadas e encontra sua vila destruída pela peste negra. Depois disso passa a refletir sobre o sentido da vida, mas a Morte (Bengt Ekerot) aparece para levá-lo. Porém, Block se recusa a morrer sem ter entendido o sentido da vida e propõe um jogo de Xadrez, onde se ele ganhar continua a viver. Apesar de perder o jogo, a Morte continua a perseguí-lo enquanto viaja pela Suécia medieval.
Notícias
PRÓXIMA EDIÇÃO BAILE DE MÁSCARAS DE VENEZA
09/02/2013 23:00PRÓXIMA EDIÇÃO: BAILE DE MÁSCARAS DE VENEZA
09/02/2013 00:00CARTÃO ALQUIMIA GOTHIC NIGHTS
28/01/2013 00:00EVENTOS AO REDOR DO MUNDO
25/12/2012 10:56MUSIK
Bandas, lançamentos musicais e muito mais
VULNERA AURA/ OPERA NOX
VULNERA AURA é um projeto musical solo idealizado por Gustavo Ferreira sob produção de OPERA NOX Alternative Projects.
O projeto tem como proposta a ideia de desvincular gêneros e estilos através de linhas musicais mais específicas: o Neo-clássico, Darkwave, Ethereal, Gothic, etc.
Trabalho belíssimo de um projeto que merece ser conhecido.....Simplesmente encantador....
Maiores informações: https://www.facebook.com/pages/Vulnera-Aura-Opera-Nox/310066942455867?fref=ts
THE NEGATIVE VISIONS - TNV (Brasil)
O TNV é um projeto que surgiu em 1999 na cidade de Campos Gerais no Sul de Minas Gerais.
O projeto mescla em sua musicalidade influências Pós Punk, Eletro e Industrial.
Vale á pena ser conferido o trabalho do TNV...simplesmente demais....
Mais uma grande promessa em nossa cena alternativa nacional.
Maiores informações: https://www.facebook.com/negativevisions?fref=ts
https://www.myspace.com/officialnegativevisions
LÁGRIMA NEGRA (Brasil)
Uma das maiores promessas do Dark Electro Nacional.
Vale à pena conferir...
Maiores Informações: https://www.facebook.com/Lagrimanegramusic?fref=ts
https://groundcast.com.br/entrevistas/lagrima-negra-entrevista-com-davi-de-graaff/
NOTURNA RÉGIA (Brasil)
A Noturna Régia surgiu em meados de 2011 no cenário Dark/Gótico da cidade de Campina Grande – PB/ Nordeste.
O estilo desenvolvido pelo Noturna Régia permeia o Darkwave e o Electrogothic.
Timbres da década de 80 e músicas compostas em português com refrões fortes e sombrios despertam nossos sentidos e nos fazem mergulhar nesta atmosfera de visão sombria repleta de criaturas mitológicas, cotidiano e sentimentos intensos...
Mais uma grande promessa dentro da cena nacional que merece ser conferida...
Maiores informações: https://www.facebook.com/NoturnaRegia?fref=ts